segunda-feira, 30 de setembro de 2013
RIFLE WINCHESTER MODEL 1873, UMA RARIDADE DO MUNDO DAS ARMAS DE FOGO
O Winchester 1873 era muito mais popular que os 66 por causa da estrutura de ferro (e mais tarde, aço) que permitia tornar a pontaria central mais potente com o recentemente projetado cartucho 0.44 WCF (Winchester Center Fire, também chamado .44-40). Os 1873 freqüentemente são chamados de A Arma Que Conquistou O Oeste. Em 1866 os únicos disponíveis eram os 0.44 Henry sem caçoleta. Em 1873 estavam disponíveis 0.44 WCF (.44-40), 0.38 WCF (.38-40), e 0.32 WCF (.32-20), a maioria do que era também disponível nos Potro, Remington, Smith & Wesson, Merwin & Hulbert, e outras armas.
A paixão pelo tiro e pelo mundo das armas é a mesma, independente da arma ser de pressão ou de fogo; E como técnico em armas e autor de diversas matérias sobre o assunto, não poderia deixar de fazer para nossos clientes, seguidores e leitores esta matéria especial sobre mais uma raridade a qual tivemos acesso, o rifle Winchester model 1873, que foi uma verdadeira lenda do velho oeste americano.
Pois bem; Esta arma pertence a um amigo atirador que é colecionador devidamente registrado no exército e que, em dezembro de 2012, me chamou para ir até sua fazenda e orienta-lo quanto a uma possível restauração de uma relíquia. Sabedor do meu amor pelas armas, meu amigo não me informou de que arma se tratava e manteve suspense até que chegássemos à sua fazenda.Informou apenas que a arma teria pertencido ao seu tataravô. Abriu lentamente um cofre e me apresentou: _Wsniper, esta aquí é uma das minhas preferidas e está precisando de cuidados. Você conhece? Reconhecí a preciosidade e pedí autorização para examinar a arma. Informei-lhe que felizmente tinha jeito e, pra começar, Precisava de limpeza e lubrificação completa, oxidação e ajuste no percussor e mola. A responsabilidade era grande! Imagine reformar uma lenda do velho oeste? cinco dias depois de muita pesquisa, trabalho e dedicação, a arma ficou pronta. Vejam as imagens:
Como estava antes da reforma: Toda travada e tomada pela ferrugem.
DEPOIS DA REFORMA
A logomarca da lendária fábrica Winchester e o ano do modelo da arma
A câmara aberta, deixa a mostra o elevador em latão.
Na soleira,podemos ver o depósito de munição reserva com a fechadura em latão.O cano em aço sextavado era extremamente robusto e uma grande evolução para a época.Aí está a razâo pela qual este rifle Winchester também seja conhecido nos EUA por "yellow boy"(rapaz amarelo)e no Brasil por "papo amarelo": O seu receptor, ou elevador de cartuchos, que fica na parte de baixo da arma é feito de puro latão amarelo, que lembra muito o ouro. Agora, o lendário Winchester papo amarelo .44 poderá novamente ecoar seu estrondo na mata, como se quisesse relembrar os tempos áureos do velho oeste americano. Até a próxima!
Uma obra completa sobre este fantástico mundo, com tudo que você precisa conhecer sobre armas de fogo e pressão.Um livro técnico e que Fala tudo sobre todos sistemas de armas de pressão e de fogo, com detalhes, avaliações técnicas e muitas imagens. É indicado para qualquer atirador iniciante ou experiente, pois explica tudo de forma bem objetiva e fácil de compreender. Além do mais, ensina as principais técnicas de tiro com carabina e pistola e ensina a calibrar qualquer luneta e mira aberta. Inclusive ensina até a fazer um estande para tiro com armas de pressão, gastando muito pouco! Uma verdadeira viagem pelo mundo das armas, com 34 capítulos distribuídos em mais de 300 páginas,Numa obra jamais antes vista e que vai lhe prender e fascinar,desde a primeira até a última página. Dentre dezenas de outros assuntos, você verá como escolher a melhor arma; O calibre ideal para defesa; Armazenamento de munição; Tipos de mira; O silenciador (supressor de ruídos); Armas que marcaram a história; As armas do atirador de elite e muito mais. Adquirindo nosso livro,você ainda leva grátis o manual de lubrificação e conservação de armas de pressão, que ensina a manter sua arma sempre nova.
Nosso livro é técnico e ao mesmo tempo uma aula de história, mostrando,desde a mais primitiva até a mais moderna arma de todos os tempos,que atira praticamente sozinha. Você vai se emocionar com a história das principais armas e seus personagens, narradas de uma forma única! Lendo nosso livro, você também terá uma verdadeira aula de tiro, explicada de forma bem clara, objetiva e direta, com muitas imagens, macetes e dicas!
*PEDIDOS EXCLUSIVAMENTE ATRAVÉS DO E-MAIL wsniper@hotmail.com.br
*Dentre alguns outros títulos, o autor é primeiro colocado geral na matéria TIRO (armas de fogo diversas),em curso de formação na ACADEPOL/PA (Academia de Polícia Civil/89); Campeão do torneio de tiro de carabina de ar com luneta do CTEGP/2010 e medalhista na terceira etapa nacional de tiro virtual/2012, na categoria ATIRADOR CLASSE A, carabina de ar mira aberta, silhueta metálica a 25 metros
PEDIDOS EXCLUSIVAMENTE ATRAVÉS DO E-MAIL wsniper@hotmail.com.br
sexta-feira, 27 de setembro de 2013
CRIMES COM REFÉM NO BRASIL E O EMPREGO DO ATIRADOR DE ELITE, NO ESTRITO CUMPRIMENTO DO DEVER LEGAL.
Recebo quase que diariamente muitos e-mails com dúvidas sobre a atuação do atirador de elite no Brasil. Por isso fiz esta super matéria elucidando vários pontos, inclusive sobre os aspectos legais da utilização do sniper em nosso país.
“Belém do Pará, centro da cidade, em plena luz do dia. Uma jovem, ao tentar entrar no seu carro, é rendida por um bandido armado e obrigada a entrar com ele no veículo. O criminoso que era latrocida condenado e mesmo assim estava solto, mandou a jovem dirigir o veículo em direção à periferia. Durante o trajeto, mesmo sem reagir, a vítima foi agredida várias vezes e acabou sendo estuprada pelo marginal. Uma moradora, desconfiada ao ver o veículo parado próximo a sua casa, ligou para a polícia. 15 minutos depois, duas viaturas cercaram o veículo no qual a jovem era seguidas vezes estuprada. O bandido, ao invés de se render, deu mais uma coronhada na vítima e apontou a sua arma, um revolver cal 38 engatilhado para a cabeça da jovem. Um policial começou a negociação com o sequestrador. O bandido estava irredutível e, a todo momento, ameaçava matar a refém que já sangrava bastante. Mais de uma hora se passava e o bandido nada de se entregar. O marginal sai com a vítima de dentro do carro, mas deixa claro que vai matar a vítima, caso não consiga fugir. O policial que gerenciava a crise resolveu então chamar o atirador de elite, pois o bandido que, mesmo recebendo um colete a prova de balas que teria feito como exigência para se entregar, continuava com o revolver apontado para a cabeça da jovem; E o pior é que o revolver estava engatilhado(com o cão armado) e nestas condições, qualquer toque no gatilho e a arma dispara. O sniper chega, se posiciona tranquilamente na laje de uma casa situada há 50 metros do local. O bandido, pensa estar seguro com o colete, mas o que ele não sabe é que o atirador de elite, nestes casos, atira só na cabeça(head shot), que é pra neutralizar qualquer reação do sequestrador. O sniper apoia sua arma no bipé, ajusta o paralax da luneta,respira fundo, enquadra o alvo e atira. A cabeça do bandido é atingida em cheio pelo projétil 5,56. O bandido é morto instantaneamente. Acaba aí a agonia da vítima e da sociedade como um todo porque este bandido que já havia estuprado outras garotas e matado muitos pais de família, não mais cometerá crime algum. Sem falar na economia do Estado, que deixará de gastar cerca de 2.000 reais mensais com o bandido na penitenciária, caso ele fosse preso”
“ Essa história de violência , assim como centenas de outras iguais e até piores, que ocorrem diariamente no Brasil, é real até o trecho em que aparece a figura do atirador de elite, pois embora, seja plenamente legal a utilização do sniper em casos como este, quase nunca se aplica a lei no Brasil, um país onde impera a impunidade. O triste e real desfecho desta história é que o marginal, antes de ser preso, ainda deu mais algumas coronhadas na vítima, quase dispara a arma que estava engatilhada e deixou a jovem totalmente traumatizada, sem poder estudar, trabalhar e sem saber que doenças foram transmitidas pra ela durante os estupros. Se a lei fosse aplicada e o sniper fosse mais empregado em nossas operações policiais, o número de sequestros e assaltos com reféns iria ser drasticamente reduzido. Pode ter certeza disto! Uma pergunta: É isto que mercemos por pagar os mais altos impostos do mundo?"
Veja este vídeo e depois continue lendo a matéria:
A VISÃO LEGAL
Desde o início das civilizações o direito se faz presente regulando as condutas humanas dentro das diversas sociedades, estando sempre presente nas codificações a pena de morte como meio de se punir delitos considerados graves. No Brasil a pena capital esteve presente em diversas codificações desde o início de sua colonização com as Ordenações Manuelinas, sofrendo diversas modificações, até ser proibida em tempos de paz pela Constituição Federal de 1988. No entanto, apesar da Constituição assegurar o direito à vida de todos, momentos ocorrem em que o Estado por meio de suas forças policiais sentencia infratores a pena de morte, por meio da figura do "atirador de elite", agindo este no estrito cumprimento de dever legal e na legítima defesa de terceiros com o único intuito de preservar vidas de inocentes, e garantir a segurança da sociedade e a paz social. Assim, analisa este trabalho, por meio de pesquisa bibliográfica e documental, a pena de morte no Brasil em tempos de paz, onde o Estado utiliza-se do "atirador de elite" como executor de tal pena, resguardando sua ação a luz do estrito cumprimento de dever legal e da legítima defesa, excludentes de ilicitude presentes no Código Penal Brasileiro, como último recurso para soluções de crises com tomada de reféns, buscando garantir a paz social e a segurança de todos dentro do País.
No Brasil, a pena de morte em tempo de paz foi abolida pelo advento da Constituição Federal de 1988, no entanto, pode-se observar que em situações de crise como seqüestro com refém localizado, o Estado através de suas forças policiais, por inúmeras vezes opta por utilizar o "atirador de elite" para sanar aquele conflito, sendo, portanto, o infrator que mantém reféns sob a mira de uma arma, executado de forma sumária pelos agentes estatais, que agem em nome do próprio Estado, buscando garantir a lei e a ordem.
A garantia da vida X segurança pública
A vida é sem dúvida alguma o bem de maior valor que o ser humano pode possuir, sendo este bem assegurado pelo nosso ordenamento jurídico como cláusula pétrea no caput do artigo 5º da Constituição Federal, não podendo ser violado, senão nos casos de guerra declarada, como previsto no art. 84, XIX da carta constitucional, cabendo ainda ao estado, o dever de assegurar este bem.
A Constituição Federal de 1988, em seu artigo 5º, garante a todos aqueles que se encontram dentro do território nacional, a inviolabilidade do direito à vida. Esse direito é garantido a todos sem exceção, independente de raça, cor, credo ou convicções políticas. Até mesmo aqueles que cometeram crimes contra a vida de outros devem ter seu direito a vida resguardado pelo Estado. Assim, a constituição assegura àqueles que cometeram crimes o direito à vida quando diz em seu artigo 5º, XLVII, a, que não haverá pena de morte, senão em caso de guerra declarada. Dessa forma, em um estado democrático de direito, onde reina a paz interna e o país não sofre ameaça externa de invasão, não será aplicada a pena de morte devendo ser respeitado e assegurado o direito que o cidadão possui de permanecer vivo.
No entanto, Mesmo vivendo em tempos de paz nos deparamos com situações inusitadas em que alguém com algum propósito alheio aos interesses da sociedade põe em risco as vidas de varias pessoas, como ocorreu no ano de 2000 na cidade do Rio de Janeiro, quando um homem armado entrou em um ônibus e tomou todos os passageiros como reféns, causando uma situação de crise e, exigindo do Estado, especialmente das forças policiais, uma resposta rápida e delicada, pois ali se encontrava sob o poder de um infrator a vida de várias pessoas.
Em situações como esta em que um indivíduo assume uma conduta contrária aos preceitos sociais, colocando em risco as vidas dos membros de uma sociedade, o Estado outorga a suas forças policiais, responsáveis por zelar pela segurança pública, o poder de agir com o objetivo de sanar aquela situação e restaurar a paz social. No entanto, em alguns casos os meios utilizados para solução da crise tem como resultado a morte do agente causador de tal situação, sendo esta a única forma de se garantir que as vidas daqueles que estão sob seu poder não sejam tiradas.
A atitude da força policial em tirar a vida de um infrator que mantém reféns sob seu poder para salvar as vidas de inocentes não se trata de pura arbitrariedade, mas sim, do dever legal de agir que o Estado impõe à polícia para atuar na proteção da sociedade. É através deste dever de agir outorgado à polícia que a mesma utilizando-se dos meios técnicos necessários para solução de uma crise tende, acima de tudo, preservar a vida de todos, inclusive a do infrator causador da situação.
A doutrina de gerenciamento de crises
Pode-se entender crise como uma manifestação violenta, capaz de gerar uma situação de risco à sociedade que exige resposta imediata das forças policiais, a fim de se obter uma solução aceitável.
A doutrina de gerenciamento de crise é recente em nosso país, vindo a ser inserida no contexto policial brasileiro apenas na década de 1990, tendo como principal base os ensinamentos da Academia Nacional do FBI (Federal Bureau of Investigation).
Gerenciamento de crise "É o processo de identificar, obter e aplicar os recursos necessários à antecipação, prevenção e resolução de uma crise" (FBI apud ANTONY e BARBAS, 2001, p. 7).
Tratas-se de um conjunto sistemático de condutas que possui duas finalidades precípuas, devendo ser seguidas criteriosamente dentro de uma hierarquia, a definir: preservar vidas e aplicar a lei.
Dentro deste contexto há a necessidade de se priorizar algumas decisões, observando aspectos necessários ao desencadeamento da ocorrência:
1.Dos reféns
2.Do público em geral
3.Dos policiais
4.Dos criminosos
5. Prisão dos infratores protagonistas da crise
6.Proteção do patrimônio público e privado
7.Garantir o estado de direito
Para se alcançar as finalidades base do gerenciamento de crise (preservar vidas e aplicar a lei), o policial responsável pela operação deve utilizar-se do conjunto de medidas de segurança e dos meios técnicos possíveis que estiverem a sua disposição. Trataremos pois de forma resumida sobre esses meios técnicos que na doutrina de gerenciamento de crise recebem o nome de alternativas táticas.
A doutrina define que são quatro as alternativas táticas: negociação, técnicas não-letais, tiro de comprometimento e invasão tática.
Negociação
A negociação é de fundamental importância para a solução de um seqüestro com reféns pelo fato de ser o meio onde o Estado terá maiores chances de preservar as vidas de todos os envolvidos na situação, exigindo do negociador, total segurança da situação e um vasto conhecimento das técnicas de negociação.
Técnicas não-letais
As técnicas não-letais são meios (técnicas, armas, munições e equipamentos), que usados de forma específica, pode conter a ação de infratores sem resultar em sua morte ou grave lesão física. Como exemplos destes meios pode-se citar as munições de borracha, arma de descarga elétrica (TAZER), agentes químicos como o gás lacrimogêneo, entre outros.
No entanto, existem algumas restrições quanto à utilização desta alternativa, tais restrições se dão justamente pelo fato de que se não observado algumas normas de segurança esses meios podem se tornarem letais. O tiro com munição de borracha pode tornar-se letal se disparado a uma distância inferior a vinte metros, por exemplo.
Por esse motivo que as técnicas não-letais também são chamadas de técnicas "menos letais" ou "menos que letais", pois somente respeitando as especificações do meio utilizado que o mesmo não ocasionará risco a vida ou a integridade física do infrator.
Tiro de comprometimento
O tiro de comprometimento é o nome técnico que se dá ao tiro realizado pelo "atirador de elite" para neutralizar o infrator que mantém reféns sob seu poder. Trata-se de uma alternativa que exige muito da pessoa que está à frente da ocorrência (gerente da crise), pela decisão que ele deve tomar em dar a ordem para neutralizar o infrator, e mais ainda do policial que efetua o tiro, pois um simples erro pode resultar na morte do refém, No entanto, apesar dos riscos, o tiro de comprometimento é utilizado por varias policias de todo mundo como meio de solução de seqüestros.
Fonte http://jus.com.br e textos do autor Wsniper
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sábado, 14 de setembro de 2013
GRANDES SNIPERS DA HISTÓRIA-CAPÍTULO III-SIMO HAYHA, A MORTE BRANCA.
Brindamos mais um ano de sucesso do nosso site "Tirocentral" com mais uma matéria especial sobre os grandes atiradores da história. Muito obrigado pelo prestígio dos nossos fãs e clientes!Fiquem com o 3º capítulo da série:
Häyhä nasceu na cidade de Rautjärvi, bem na fronteira da Finlândia com a Rússia. Fazendeiro de profissão, cumpriu o serviço militar obrigatório de um ano em 1925, sendo convocado em 1939 após a eclosão da Guerra de Inverno entre a Finlândia e a União Soviética. Estacionado na área norte do Lago Ladoga, passou a servir como franco-atirador, graças à sua habilidade no tiro.
Trabalhando em temperaturas que iam dos -20ºC aos -40ºC e usando uma camuflagem totalmente branca, Häyhä é creditado por mais de 500 mortes confirmadas de soldados soviéticos.1 Uma contagem diária de baixas era feita no campo de batalha de Kollaa, e os relatórios não-oficiais finlandeses estimam em 542 o número de mortes atribuído a ele.
Häyhä usou uma variante do rifle soviético Mosin-Nagant, pois se adequava a sua baixa estatura. Para não se expor em seus esconderijos, ele preferia usar miras comuns ao invés das telescópicas, pois com esta última o atirador deve erguer um pouco a cabeça, além de haver o risco da lente refletir a luz do sol. Outra tática usada por Häyhä era compactar a neve à sua frente para que o tiro não a soprasse, revelando sua posição. Ele também colocava neve na boca, escondendo assim quaisquer sinais que sua respiração pudesse provocar.
Simo Häyhä promovido em 28 de agosto de 1940.
Além das mortes como franco atirador, Simo Häyhä foi creditado também por abater mais de duzentos soldados inimigos com uma submetralhadora Suomi M-31, elevando assim sua marca para 705 mortes. Este fato, no entanto, nunca foi comprovado. A marca de mais de 500 mortes foi alcançada num período de 100 dias, com Häyhä atingindo o número recorde de cinco por dia, praticamente uma morte a cada hora do curto dia de inverno. Os russos achavam que iria ser muito simples invadirem a Finlândia. E realmente seria, caso não existisse Simo Hayha, a morte branca, o mais talentoso atirador de elite de todos os tempos.
O exército soviético tentou executar vários planos para se livrar dele, incluindo contra-ataques com centenas de franco atiradores e assaltos de artilharia, até que em 6 de março de 1940 Häyhä foi atingido por um tiro na mandíbula durante combate corpo-a-corpo. Com o impacto, o projétil girou e atravessou-lhe o crânio. Ele foi resgatado por soldados aliados, que disseram "faltar metade de sua cabeça". Ficou inconsciente até 13 de março, um dia após a assinatura do tratado de paz que pôs fim ao conflito. Pouco depois, Häyhä foi promovido de cabo a primeiro-tenente pelo marechal-de-campo Carl Gustaf Emil Mannerheim. Nenhum outro soldado jamais conseguiu uma escalada de posto tão rápida na história militar da Finlândia.
Häyhä levou vários anos para se recuperar do ferimento. A bala, provavelmente explosiva, havia quebrado sua mandíbula e arrebentado sua bochecha esquerda. Apesar de tudo, ele se recuperou totalmente, tornando-se caçador de alce e criador de cachorros após a Segunda Guerra Mundial.
Em 1998, ao ser perguntado sobre como conseguiu se tornar um atirador tão bom, ele respondeu, "prática". Questionado se tinha remorsos por ter matado tantas pessoas, ele disse, "fiz o que me mandaram fazer, da melhor forma possível"
Simo Häyhä passou seus últimos anos em uma pequena vila chamada Ruokolahti, localizada no sudeste da Finlândia, próxima à fronteira com a Rússia e morreu aos 96 anos de idade, de causas naturais. A sua partida só fez crescer mais ainda a lenda em torno de Somo Hayha, a morte branca, um guerreiro invencível.
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quarta-feira, 4 de setembro de 2013
GRANDES SNIPERS DA HISTÓRIA-CAPÍTULO II-CARLOS HATHCOCK, O PENA BRANCA.
Dando continuação a serie de matérias sobre os maiores atiradores de todos os tempos, neste segundo capítulo falaremos sobre mais uma lenda do tiro: Carlos Hathcock ou Pena branca.
Mesmo não possuindo os registros de mais mortes confirmadas ou maior tiro, a lenda Carlos Hathcock perdura. Ele é o Elvis de atiradores de elite, o Yoda do Exercito Americano. Hathcock, às vezes chamado de White Feather (Pena Branca) por causa da pena que ele usava no chapéu, entrou para a Marinha aos 17 anos. Logo seus instrutores perceberam que o garoto pobre e maltrapilho do Arkansas era um talentoso atirador. Ele conseguiu o posto de atirador de elite, ainda no acampamento e começou a ganhar competições de tiro de prestígio quase que imediatamente e sem repetir provas. Mas os militares tinham mais em mente para Hathcock do que apenas ganhar taças e medalhas, e assim ele foi enviado para o Vietnã, em 1966.
Hathcock encarou de frente a missão e, de acordo com o Los Angeles Times , os comandantes tinham de restringir-lhe “cotas” para fazê-lo descansar. Ele era o melhor. Hathcock teve 93 mortes confirmadas durante os dois turnos de vigilância, o número real pode ser bem maior. Com as “não confirmadas” Hathcock provavelmente ultrapassa as 100. No entanto, sua fama começou a atrapalhar, pois o odio pelo do seu inimigo era tanto que havia no Vietnã , uma recompensa equivalente a 30.000 dólares por sua cabeça. No final, nenhum sniper, recompensa ou inimigo conseguiu derrubar Carlos Hathcock. Uma das histórias sobre Carlos diz que, certa vez ele cobriu 2km de terreno com grama durante quatro dias sem se alimentar e beber água direito. A área estava coberta de patrulhas, tanto que um vietcong pisou na sua perna (mas não sobreviveu tempo suficiente para gritar). A história mais fantástica protagonizada por ele foi quando surgiu no cenário de batalha, um sniper vietcongue conhecido como Cobra, que teria sido escalado para matar a qualquer custo o atirador Pena Branca. Cobra era exímio atirador e matou alguns americanos, até cruzar com Carlos numa área de floresta. E ficaram alí os dois, um caçando o outro, até que Cobra ficou inedvertidamente de frente pro sol e Carlos Pena Branca,que estava a quase 500 metros do alvo,observou o reflexo do sol na luneta de Cobra. O sniper americano então disparou o que seria o tiro mais bonito da sua vida. O disparo entrou pela luneta do inimigo e levou parte da cabeça de Cobra.Também abateu um general vietcong a 800m e teve que fugir dos vietcongs que os procuravam. Na fuga derrubou mais um pelotão até conseguir um abrigo consideravelmente seguro. Ele morreu em 1999, aos 57 anos, acometido de esclerose múltipla.
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